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‘Clubes não estão aderindo a pressão externa para voltar às atividades’, diz Bellintani

TRagora 4 anos atrás
Nas últimas semanas, o governo federal começou a pressionar os clubes de futebol para retomarem os trabalhos e consequentemente os jogos no Brasil em meio a pandemia do coronavírus. Porém, segundo o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, isso não está surtindo efeito entre os dirigentes. Ele faz parte da Comissão Nacional dos Clubes (CNC) que tem discutido com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e as federações estaduais o retorno aos treinos nos centros de treinamento. O mandatário do Tricolor foi um dos entrevistados do programa “Isso é Bahia”, do A Tarde FM, apresentado por Jefferson Beltrão e Fernando Duarte, nesta quinta-feira (14).
“Eu não vejo que os clubes estejam aderindo a uma pressão externa, por exemplo do governo federal, de fato não vejo. Os clubes que já decidiram voltar, que são Inter e Grêmio, decidiram por conceito próprio, entendendo que os seus protocolos davam segurança, entendendo que a pandemia em Porto Alegre está num nível muito baixo. Entenderam que precisavam voltar aos treinos por uma questão que eu até defendo e concordo, não voltando ao treino em campo, mas por uma questão de proteção da saúde individual dos atletas. A gente lida com atletas de alto rendimento que tem no corpo o principal elemento de trabalho e esses atletas ficarem 60, 90 dias sem atividade controlada e monitorada é um risco muito grande para a saúde deles. Eles faziam atividades por conta própria ou sem o devido acompanhamento. Foi com base nisso que Inter e Grêmio decidiram voltar com a autorização do prefeito de Porto Alegre e agora com a autorização do governador”, afirmou. “O Bahia prefere ser ainda mais cauteloso e entender que não tem motivo ainda para voltar aos treinos dentro de campo, porque ainda não tem nem o retorno dos campeonatos previsto”, completou.
Para retornar aos treinos nos centros de treinamento, é necessário que cada clube siga um protocolo de cuidados para evitar a propagação e o contágio da Covid-19. De acordo com Bellintani, o Bahia tem elaborado essas regras com base também na opinião dos seus jogadores.
“A gente tem se reunido pelo menos uma vez por semana com todos os atletas, com a minha participação inclusive, com Diego Cerri, diretor de futebol, com Vitor Ferraz, vice-presidente. Eu diria mais do que eles acompanham as decisões, é também que eles participam das decisões. Não acho justo a gente tomar decisões de retorno, de protocolos de treinos sem que os atletas sejam não apenas avisados, mas que também opinem sobre o tema. Eles entendem bastante disso, apesar de não entenderem das questões de saúde, de controle epidemiológico, mas eles podem colaborar muito com esse protocolo e estão participando intensamente disso. No Bahia, a gente faz mais do que avisar os atletas, a gente divide com eles, perguntamos a opinião e isso tem sido muito importante na construção desse modelo que o Bahia está propondo de retorno gradativo com calma e sem pressa”, disse.
O futebol no Brasil está suspenso desde meados de março. Ainda não uma previsão de quando os jogos voltarão a acontecer no país.
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