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Quando Arte e Política se Encontram

J. Britto 6 meses atrás

O meu estilo nunca foi lá muito do tipo Jovem Guarda e sim tropicalista. Meu roteiro é glauberiano, pois vivo nessa Terra em Transe e assim enxergo o meu eldorado jacobinense.

Penso que a imprensa de Pindorama precisa deixar de ser tacanha, subserviente e de baixa estatura cultural, e elevar o nível da cobertura política para que seja, de fato, questionadora e democrática, assim como inspiradora da inquietude cidadã, tão necessária à nossa evolução enquanto sociedade.

Quando a direita me acusa de ser de esquerda e a “esquerda” me aponta como um “intermediário” eu acho isso muito natural e benéfico para um despretensioso comunicador popular.

O que não me seduz nem por um instante é ser do tipo estereotipado,  daquele que faz o “jogo dos ratos” e que, estando em qualquer lado, legitima a falácia moralista mesmo quando a hipocrisia está escancarada aos olhos da maioria.

Pra encerrar esse assunto, lembro-me do que dizia minha quase centenária bisa Hermínia, ao puxar o cachimbo pro lado e em seguida lançar aquela cusparada:

– S’eu sei num avisa a ninguém.

E observando nossa Eldorado, imagino um certo Porfírio, mais uma vez, saindo vitorioso nos jogos de Poder e preparando a grande festa no Palácio de Alecrim.

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