O deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, é apontado pela Polícia Federal como suspeito de chefiar uma milícia em Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador.
A operação da PF foi deflagrada nesta quinta-feira (7) e, além do parlamentar, outras 14 pessoas são investigadas – entre elas, três policiais militares que seriam o responsáveis por formar o “braço armado” da milícia.
Binho Galinha tem 46 anos e nasceu na cidade de Milagres, a 245 quilômetros de Salvador. Morador de Feira de Santana há pelo menos 31 anos, ele foi eleito em 2022 pelo partido Patriota com 32.980 votos. Binho foi o segundo deputado estadual mais votado da cidade.
Após ser eleito, em 20203 o deputado se tornou vice-líder do bloco parlamentar dos partidos MDB/PSB/Patriota/PSC/Avante.
Entenda o caso
Binho e outras 14 investigados tiveram mais de R$ 700 milhões das contas bancárias bloqueadas nesta quinta-feira (7), quando foi deflagrada a operação da Polícia Federal em parceria com outros órgãos e instituições, incluindo o Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Segundo a PF, o grupo é investigado por lavar dinheiro de jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, desmanche de veículos e outros crimes.
Ao longo das investigações, ainda foram apontados que os suspeitos tinham:
inconsistências fiscais;
movimentação financeira incompatível;
propriedade de bens móveis e imóveis não declarados;
indícios de lavagem de dinheiro.
Além dos R$ 700 milhões, outros bens foram bloqueados e mandados de busca e apreensão foram expedidos – inclusive em fazendas e outros imóveis do deputado. Confira:
bloqueio de 26 propriedades urbanas e rurais;
10 mandados de prisão expedidos;
35 mandados de busca e apreensão expedidos;
suspensão das atividades econômicas de seis empresas.
O g1 pediu um posicionamento para a assessoria do deputado e para a Polícia Militar, já que dois investigados fazem parte da corporação, e aguarda posicionamento.