O Beneficiamento do Licuri, palmeira nativa do bioma Caatinga, protegida por lei, bastante encontrada no Sertão baiano, foi tema de atividades da primeira Campanha de Educação Ambiental do Conjunto Eólico Campo Largo- fase 2, em implantação pela ENGIE nos Municípios de Umburanas e Sento Sé. As oficinas de“Beneficiamento do Licuri: práticas com potencial para geração de renda” foram realizadas entre os dias 18 e 21 de novembro nas comunidades de Barriguda da Brasília, Alegre e Campo Largo.
A ação levou informações sobre produtos da sociobiodiversidade da Caatinga; a importância do licuri para as populações tradicionais, seus aspectos culturais, nutricionais, ecológicos, potencial socioeconômico e benefícios à saúde. Os participantes também receberam orientações sobre as boas práticas de fabricação de produtos , incluindo higiene e condições sanitárias.
“Estudos mostram que é possível aproveitar o licuri na fabricação de inúmeros produtos, desde a polpa e amêndoas da espécie, em que são feitas compotas, iogurtes, geléias, sorvetes, licores, batidas, cocadas, barras de cereais; até as folhas da palmeira, com as quais se confecciona sacolas, chapéus, vassouras, espanadores e outros produtos artesanais. Diante disso, a ideia é incentivar a população local a fim de fortalecer a geração de emprego e renda em torno desta cadeia produtiva”, destacou a coordenadora de meio ambiente da ENGIE, Karen Schröder.
E para agregar valor na comercialização dos produtos fabricados, o grupo recebeu aulas com orientações de marketing para a criação de logomarcas, utilização das redes sociais, fabricação de etiquetas, participação de eventos, estimativa de custo de produção e formação de preço; elementos essenciais que vão contribuir para a padronização da marca e o sucesso das vendas dos produtos.
Para praticar os ensinamentos compartilhados, o grupo preparou diversas receitas como bolos, doces e biscoitos, que foram comercializados na feira livre de Umburanas.