O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, disse que a decisão de Lula de indicar um membro do Supremo Tribunal Federal no lugar de Luís Roberto Barroso tem de ser “rápida, mas bem ponderada”.
“O presidente [Lula] tem o tempo dele, evidentemente. Ele tem uma viagem marcada para o exterior [Itália], acredito que na volta dele isso venha a ser decidido”, declarou Lewandowski, que é ex-ministro do STF, durante participação em um fórum da Esfera Brasil, em Belém.
Ele disse que não foi consultado por Lula sobre a decisão e afirmou não ter preferência.
“Como brasileiro, cidadão, quero que haja alguém lá sentado na cadeira que tenha os requisitos constitucionais. Alguém com notável saber jurídico e confiança ilibada”, afirmou.
Hoje são citados três nomes como favoritos para a cadeira de Barroso: o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ministro Jorge Messias, da Advocacia Geral da União, e o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União.
Lewandowski também disse que a investigação para descobrir o que levou à contaminação de bebidas com metanol ainda deve levar algum tempo.
“O grande problema nosso é identificar a origem do metanol, se é vegetal ou fóssil. São duas linhas de investigação distintas. Isso depende de uma perícia técnica”, declarou.
Segundo ele, a polícia científica está analisando a questão. “Estamos colhendo várias amostras em diferentes estados. O resultado não é tão rápido como queremos”.
Ele elogiou o anúncio feito pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo na quinta-feira (9) de criação de um protocolo de testagem para identificar a presença de metanol na bebida.